“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Prêmio Lila Ripoll de Poesias - Edição 2011

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Lila Ripoll de Poesias - edição 2011, o regulamento e as inscrições podem ser realizadas no sítio da Assembléia Legislativa do Estado do RS (link abaixo) até o dia 30 de maio.

Este concurso de poesias, regulamentado pela Resolução 2.910, de 05/07/2004, RSM 640, de 29/03/2005, e RSM 644, de 19/04/2005, visa fomentar e desenvolver a cultura e estimular a criação artística. Concorrem os autores de poesias dedicadas às causas sociais e às questões do gênero - são premiadas as 3 (três) melhores poesias e concedida menção honrosa às 10 (dez) subseqüentes.
As medalhas e diplomas são concedidas em cerimônia a ser realizada, preferencialmente, no dia 12 de agosto, data do nascimento de Lila. Além desta premiação é publicada uma Coletânea com as poesias vencedoras, que é lançada na Feira do Livro de Porto Alegre.

Nasceu em Quaraí (RS) em 12 de agosto de 1905. Em 1927, deixou sua cidade para estudar em Porto Alegre, onde diplomou-se pela Escola Complementar de Porto Alegre. Fornou-se pianista no Conservatório de Musica, hoje Instituto de Artes da UFRGS, onde tinha planos de dedicar-se à vida de concertista, Nesta época, colaborou com a Revista Universitária, publicando seus poemas.

Em 1930, Lila ingressou no magistério estadual e lecionou canto Orfeônico no Grupo Escolar Venezuela, no bairro da Glória, onde compôs a letra e a musica do hino da escola. A partir dessa data passou a integrar o grupo de escritores gaúchos que ficaram conhecidos como a Geração de 30: Reynaldo Moura, Athos Damasceno, Manoelito de Ornellas, Vidal de Oliveira, Mario Quintana, Ovídio Chaves, Dyonélio Machado, Carlos Reverbel e Cyro Martins.

Em abril de 1934, a apartir do assassinato de seu primo e irmão de criação, Waldemar Ripoll, que militava no Partido Libertador, Lila entregou-se à defesa das causas revolucionárias.

Em 1935, ano da Aliança Libertadora Nacional, Lila, intensificou sua participação na Frente Intelectual do Partido Comunista.
Em 1938, lança pela Livraria do Globo, seu primeiro livro de poesias 'De mãos postas'.

Em 1941, publicou 'Céu Vazio', com o qual ganhou o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras.

Em 1947, publicou 'Por que?', no Rio de Janeiro, pela Editora Vitória, porta voz da intelectualidade comunista brasileira.

Após a morte de seu marido Alfredo Luis Guedes, Lila dedica-se ainda mais ao trabalho de mobilização popular e em 1950 foi candidata a deputada estadual pelo Partido comunista, enfrentando forte reação da elite conservadora, que dificultou sua eleição.

Em 1951, participou do comitê editorial da Revista Horizonte, em torno dessa revista surgiu o Clube de Gravura do Rio Grande do Sul, a associação que mais marcou as artes plásticas do Estado. Neste mesmo ano lançou 'novos poemas', que evocam o fuzilamento de líderes de uma passeata na cidade de livramento, com esta obra ganhou o Prêmio Pablo Neruda da Paz, outorgado pelo Conselho Mundial da Paz, com sede em Praga.

Lila Organizou, como presidente da seção regional da União Brasileira de escritores, o 4º Congresso Brasileiro de Escritores, em Porto Alegre, com a presença de Graciliano Ramos, Aderbal Jurema e Barão de Itararé, entre outros.

Em 1954, publicou 'Primeiro de Maio', poema testemunho do massacre acontecido no Dia do trabalhador, em Rio Grande (RS). Em 1957, publicou 'Poemas e Canções'.

Em 1958, Lila estreou no teatro São Pedro sua peça 'Um colar de vidro'dirigida por Luiz Carlos Saroldi. Montou também 'Orfeu da Conceição', de Vinicius de Moraes, estrelada por Delmar Mancuso.

Em 1964, nos primeiros dias do golpe militar foi presa, mas libertada em seguida por estar com a saúde debilitada pelo estado avançado de cancêr em que se encontrava.

Em 1965, escreveu 'Aguás Móveis', poemas inéditos.

Em 7 de fevereiro de 1967, em Porto Alegre, faleceu e foi enterrada no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia pelos companheiros do Partido.

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