“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

terça-feira, 29 de março de 2011

" Não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra "

José Alencar, o parceiro leal e dedicado que acompanhou Lula ao longo dos oito anos em que exerceu o mandato, e grande defensor do projeto político nacional que vem transformando o país.

“Assim como vocês (jornalistas) eu também não sei o que é a morte. Então, eu não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra.”

"Não posso ser omisso. Do contrário, como eu vou fazer a barba de manhã e olhar para a minha cara?"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, às lágrimas, afirmou que vai dedicar o título de "doutor honoris causa" recebido pela Universidade de Coimbra a José Alencar.

"Conheço poucos seres humanos que tenham a alma de José Alencar, a bondade dele”, disse Lula. “O Brasil perde um homem de dimensão excepcional”.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cancion al Partido Comunista - Homenagem aos 89 anos do PCdoB

Ao completar seu 89º aniversário, o PCdoB, fundado em 25 de março de 1922, destaca o fato de ser a legenda partidária “com mais história” e “experiência política” no país.

"HASTA LA VICTORIA SIEMPRE"


Cancion al Partido Comunista
Musica: Anthar Lopez

Posso morrer como nasci, sabelo
Puro, simples e otimista
De Pé sobre a Terra como uma árvore
Nas fileiras do Partido Comunista
Nas fileiras do Partido Comunista

Eu abri minha janela sobre a tarde,
E me senti um hábil paisagista
Porque é belo pintar, para a vida
Pintando para o Partido Comunista
Pintando para o Partido Comunista

Aquele que amassa o sangue através das nuvens,
O criminoso , o sádico, o guerrista,
Será esmagado na manhã limpa
Pelo limpo Partido Comunista
Pelo limpo Partido Comunista

Não quero que meu sangue flua com facilidade,
Sempre e a primeira vista
Eu não posso equivocar-me companheiro
Que meu amor é o Partido Comunista
Qeu meu amor é o Partido Comunista ...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Reclamação: Cuidado ao comprar na Fatordigital.net

Cuidado ao comprar na Fatordigital.net

No dia 20.01.2011 fiz uma compra no site da loja fatordigital.net, pedido nº 2405394 no valor de R$ 222,49 com os seguintes produtos:
1 celular MP15 JXE71 smartphone com wi-fi;
1 cartão de memória micro SD 4 gb;
1 cartão de memória sd 2 gb;
1 carregador de celular veicular.

Recebi os produtos no dia 20 de fevereiro, O MP 15 veio um modelo diferente do que eu comprei e a BATERIA QUE NÃO É COMPATIVEL COM O APARELHO, O cartão de memória SD de 2GB não veio. O carregador de celular veicular não veio. O cartão de memória micro SD comprei de 4 gb mandaram um de 2 gb.

Desde o dia 22 de fevereiro venho enviando emails para a fatordigital relatando esses problemos e a única resposta que recebo é que o meu pedido foi cancelado e que minha solicitação foi enviada ao departamento responsável, no dia 1 de março me enviaram um email dizendo que um Protocolo de Atendimento já foi aberto e no prazo máximo de 48 horas, nosso departamento de RELACIONAMENTO AO CLIENTE, entrará em contato, esclarecendo todas as dúvidas e solucionando seu caso o mais rápido possível, mas já se passaram inumeras 48 horas e nada de contato.

Sexta-feira passada, mais uma vez, enviei email e nada... o numero de atendimento do site (11)4063-8001 não adianta ligar pois está sempre ocupado ou quando a ligação é aceita fico numa fila de espera e quando chega a minha vez a ligação cai.

No primeiro email de reclamação no dia 22 de fevereiro enviei fotos dos produtos que eu recebi, inclusive do mp15 e da bateria onde o modelo enviado não é compativel com o produto.
Além do mais eu não sei nem o modelo de bateria apropriado para o mp15 que comprei, pois, inumeras vezes nos emails enviados por mim, solicitei o modelo da bateria e não me responderam, hj fui numa loja especializada em baterias e testaram com outras baterias e o celular não ligou.

Notem que a bateria além de não encaixar nos contatos é muito pequena para o aparelho

ESTOU DESCONFIADO, INCLUSIVE, QUE O CELULAR QUE ENVIARAM JÁ HAVIA SIDO UTILIZADO E TALVEZ ATÉ VINDO DE ALGUM CONSERTO, POIS ESTAVA ABERTA A TAMPA TRASEIRA E A BATERIA SOLTA NA CAIXA.

Além de tudo isso estou me sentido muito desprestigiado pela loja porque ninguem me dá a atenção e as informações que eu necessito, somente me dizem: Prezado cliente acionamos o departamento responsável.

Hoje também, fiz minha reclamação pelo do site www.reclameaqui.com.br e estou colocando minha reclamação aqui no meu blog para que todos os consumidores possam pesquisar na internet e saber do que ocorre com essa loja.

Espero que meu problema seja resolvido, se isso acontecer de maneira satisfatória, novamente usarei este meio de comunicação pra informar os consumidores internautas.

domingo, 13 de março de 2011

Bidu Sayão, a melhor cantora lírica de todos os tempos

Balduína de Oliveira Sayão, mais conhecida como Bidu Sayão, nasceu em Itaguaí no dia 11 de maio de 1902 e faleceu em Rockport, Maine, EUA em 13 de março de 1999. Perdeu o pai aos cinco anos. Da mãe, que foi sua grande incentivadora, herdou o apelido.

Dona de uma voz límpida e delicada, a soprano brasileira Bidu Sayão foi uma das mais respeitadas artistas do Metropolitan Opera de Nova York. Seu prestígio pode ser observado no próprio hall do teatro, que ostenta um imenso quadro em sua homenagem. Ao longo de sua carreira, conviveu e trabalhou com as maiores personalidades artísticas deste século, como o maestro Arturo Toscanini, um de seus grandes admiradores - ele a chamava de "la piccola brasiliana" -, Maria Callas, a pianista Guiomar Novaes e Carmem Miranda.

Além disso, foi a parceira favorita de Villa-Lobos, numa carreira que durou 38 anos. Nesse período, emprestou sua voz e imortalizou a Bachiana n.º 5, das Bachianas Brasileiras, as peças mais conhecidas e mais amadas do compositor. Esta, que foi considerada pelo maestro como a mais perfeita gravação da obra, foi escolhida para o prêmio Hall of Fame, dado pela National Academy of Recording Arts and Sciences. Clássico brasileiro mais conhecido no mundo, por dois anos seguidos foi o disco mais vendido nos Estados Unidos. Bidu Sayão iniciou seus estudos musicais no Rio de Janeiro e aos 18 anos fez sua estréia no Teatro Municipal da cidade. Iniciou sua carreira internacional na Romênia, e aperfeiçoou seu canto em Nice, na França, com Jean de Reszke, o mais famoso professor da época, adquirindo a técnica perfeita e a delicadeza que viriam a caracterizá-la. Em Roma, cidade que a viu nascer para o teatro lírico, foi surpreendida por um convite para que abrisse a temporada do Teatro Constanzi. Sua interpretação de Rosina em O Barbeiro de Sevilha, de Rossini, foi feita de forma tão admirável que lhe rendeu a entrada definitiva no rol dos grandes intérpretes líricos da Europa.

Em 1925, de volta ao Brasil, cantou novamente O Barbeiro de Sevilha antes de inaugurar outra temporada do Teatro Constanzi. Depois disso, atuou nos mais importantes teatros do Velho Mundo, como o Teatro Nacional São Carlos, em Portugal, Teatro Opera Comique de Paris e o Alla Scala de Milão, por exemplo. Excelente atriz, sua força interpretativa garantiu-lhe viver 22 heroínas diferentes, entre elas, Ceci (O Guarani, Carlos Gomes), Gilda (Rigoletto, Verdi), Mimi (La Bohéme, Puccini), Suzana (Bodas de Fígaro, Mozart) e Violeta (La Traviata, Verdi).

Em 1936, a soprano brasileira Bidu Sayão fez sua grande estréia para o público norte-americano, cantando La Demoiselle Élue, de Debussy, em apresentação regida pelo maestro Toscanini no Carnegie Hall, em Nova York. Em 1937, estreou no Metropolitan Opera House de Nova York (onde foi grande figura por mais de 15 anos), cantando o papel título da ópera Manon, de Jules Massenet. O volume de convites que recebeu para cantar, na época, fez com que interpretasse 12 papéis diferentes em 13 temporadas.

Em fevereiro de 1938, cantou para o casal Roosevelt na Casa Branca. Na ocasião, o presidente chegou a oferecer-lhe a cidadania americana - rejeitada na hora por Bidu, que sempre cultivou o sonho de terminar a carreira e a vida como brasileira. Encantados com Bidu Sayão, os americanos não a deixaram partir. Continuou a dar concertos através de todo o país, sempre colhendo triunfos, sendo, por isso, chamada pelos americanos de "The Charming Singer". Em agosto de 1955, obteve um de seus maiores sucessos cantando no Hollywood Bowl. Com a Calgary Symphony Orchestra, foi chamada de "Glamorous Soprano Star". Entre idas e vindas, o "Rouxinol Brasileiro" - apelido que ganhou do escritor Mário de Andrade - apresentou-se diversas vezes em palcos nacionais.

Esteve no Rio de Janeiro em 1926, 1933, 1935 e 1936. Em São Paulo, apresentou-se nos anos de 1926, 1933, 1935, 1936, 1937, 1939, 1940 e 1946. Durante essas temporadas, cantou O Barbeiro de Sevilha, Rigoletto, Matrimônio Secreto, Um Caso Singular, Soror Madalena, O Guarani, Manon, Romeu e Julieta, I Puritani, La Traviata, La Bohéme e Lakmé.

Em 1957, Bidu Sayão decidiu encerrar sua carreira artística. Com a mesma La Demosele Élue com que entrou nos Estados Unidos, ela encerrou a carreira em 1958, ainda em perfeita forma e recebendo as maiores homenagens e melhores críticas dos jornais. Em 1959, mais de um ano após ter encerrado a carreira nos palcos e em público, fez uma gravação da Floresta Amazônica, de Villa-Lobos, atendendo ao pedido do compositor. Com ela, Bidu Sayão encerrou definitivamente a carreira, definindo este último trabalho com seu "canto do cisne".

Em 1995 no desfile da beija flor

Em 1995 veio ao Rio de Janeiro para ser homenageada pelo enredo da escola de samba Beija-Flor. Antes de ir embora, não escondeu sua vontade de retornar ao Brasil. Bidu Sayão morreu em 1999, aos 96 anos, no Estado do Maine, local onde viveu durante a maior parte do tempo, nos Estados Unidos. Seu maior desejo era visitar o Brasil pela última vez. Sonhava em ver a Baía de Guanabara antes de morrer e planejava isto para celebrar seu centenário. Após uma longa vida repleta de glórias e triunfos, a cantora não conseguiu realizar esse último desejo.

Em 2000, buscando incentivar o surgimento de novos artistas líricos, a Secretaria de Cultura do Estado do Pará realizou o Primeiro Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão em Belém, capital da cultura da Amazônia, onde permaneceu sendo realizado até a sua 6ª edição.

Esse ano o concurso está em sua 9ª edição, tornou-se a mais importante competição vocal da América Latina e a que oferece os melhores prêmios: mais de R$ 70 mil em dinheiro. O concurso acontece entre 20 a 27 de abril e poderá ser acompanhado pelo público em geral, no Teatro do Conservatório Mineiro de Música, em Belo Horizonte (MG).

domingo, 6 de março de 2011

Morre Alberto Granado, amigo e companheiro de Che na viagem de motocicleta pela América do Sul


Alberto Granado, amigo e companheiro de Ernesto Che Guevara em sua viagem de motocicleta pela América do Sul, morreu neste sábado (05) em Havana, aos 88 anos, confirmaram fontes familiares. Granado, nascido em 8 de agosto de 1922 em Córdoba, na Argentina, e estabelecido em Cuba desde 1961, morreu de causas naturais, explicou seu filho, também chamado Alberto.

A televisão estatal cubana definiu Granado como um "fiel amigo de Cuba". Segundo sua vontade, ele será cremado ainda neste sábado em Havana, e suas cinzas serão espalhadas por Cuba, Argentina e Venezuela.

Che, sua esposa Aleida, e o amigo Alberto Granado

A viajem:

Em 29 de dezembro de 1951 Ernesto Guevara e Alberto Granado iniciaram desde Córdoba uma viagem por América do Sul em uma motocicleta que chamavam “La Poderosa II”.

Passaram por Buenos Aires, a beira atlântica, Bahía Blanca, Choele Choel, Piedra del Águila, San Martín de los Andes e Bariloche. Atravessaram a cordilheira até o sul de Chile e desde ali forma para Santiago onde deveram abandonar a motocicleta. Em barco, a pé e pegando carona conhecem diferentes cidades de Chile, Bolívia e Peru. Em Lima estabelecem relação com o médico Hugo Pesce, distinguido especialista em lepra e dirigente do Partido Comunista Peruano.
Pelo intermédio dele viajaram para o leprosário de São Paulo, à beira do Amazonas, e após, na balsa “Mambo-Tango” navegaram rio abaixo até Leticia, cidade limítrofe colombiana, onde trabalharam como treinadores de futebol. Dalí para Bogotá e após para Caracas, Venezuela, onde Granado consiguiu um emprego em um leprosário. Ernesto decidiu então voltar para Buenos Aires via Miami com o objetivo de finalizar seus estudos de medicina.

Essa jornada foi fundamental para que Ernesto conhecesse os problemas sociais da America Latina e o ponto de partida da inquietação que o levou a se envolver na guerrilha de Fidel Castro. Com o grande êxito obtido na Revolução Cubana, mais tarde, organizou novos movimentos revolucionários. Sua morte, no dia 9 de outubro de 1967, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a ser uma bandeira de luta dos movimentos de esquerda e hoje Che é um dos maiores ícones da juventude.

Granado e Che, em junho de 1952, na jangada 'Mambo-Tango',
com a qual percorreram parte do Amazonas colombiano.


A viagem pela América do Sul, quando Che era apenas um estudante de medicina de 23 anos, e Granado um bioquímicos de 29, foi levada ao cinema em 2004 no filme Diários de Motocicleta, dirigido pelo diretor brasileiro Walter Salles. O ator mexicano Gael García Bernal fez o papel de Che, enquanto o argentino Rodrigo de la Serna interpretou Granado.