“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

domingo, 16 de maio de 2010

Partido Comunista do Brasil (PCdoB) inaugura placa com memorial em homenagem aos Trabalhadores mortos na Linha do Parque em 1º de maio de 1950.



O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) inaugurou na manhã do último sábado, 1º de maio, uma placa com o memorial dos operários mortos no 1º de maio de 1950. A homenagem contou com a presença da srª Shirley única filha da tecelã Angelina Gonçalves, morta na ocasião com um tiro à queima-roupa no ouvido, sua filha Elisabeth, seu neto Allan e seu genro.

A homenagem era uma pretensão antiga que ainda não havia sido concretizada por falta de recursos e por falta de contato com os familiares de Angelina, pois não sabíamos onde residiam, até que Allan, neto de Shirley, nos contatou por e-mail ano passado, relatando o desejo de sua avó voltar a Rio Grande para visitar sua cidade natal, o túmulo de sua mãe e rever alguns parentes.

“É um reencontro com a história. Rio Grande foi palco de muitas lutas operárias. Eles merecem ser lembrados. Esse fato repercutiu em todo o Brasil, mas eles nunca foram lembrados como deveriam”, afirmou Julio Martins.

Além da tecelã Angelina Gonçalves o memorial homenageia o pedreiro Euclides Pinto, o portuário Honório Alves do Couto e o ferroviário Oswaldino Correa.

A cerimônia contou com a presença de um grande numero de pessoas, dentre elas, lideranças partidárias, sindicais, comunitárias e populares. Logo após o ato os presentes dirigiram-se ao Cemitério Católico para uma visita ao túmulo onde se encontra os restos mortais de Angelina e Euclides, reformado para a ocasião.

Muito emocionada, Shirley, colocou flores no túmulo de sua mãe e agradeceu ao vereador Julio Martins, ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aos lideres sindicais, aos trabalhadores e ao povo riograndino pela homenagem e por manterem viva a memória de Angelina Gonçalves e dos trabalhadores mortos e feridos naquela passeata de 1º de maio de 1950, dentre eles, o vereador comunista Antônio Rechia que levou um tiro e ficou paraplégico.

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