O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) inaugurou na manhã do último sábado, 1º de maio, uma placa com o memorial dos operários mortos no 1º de maio de 1950. A homenagem contou com a presença da srª Shirley única filha da tecelã Angelina Gonçalves, morta na ocasião com um tiro à queima-roupa no ouvido, sua filha Elisabeth, seu neto Allan e seu genro.
A homenagem era uma pretensão antiga que ainda não havia sido concretizada por falta de recursos e por falta de contato com os familiares de Angelina, pois não sabíamos onde residiam, até que Allan, neto de Shirley, nos contatou por e-mail ano passado, relatando o desejo de sua avó voltar a Rio Grande para visitar sua cidade natal, o túmulo de sua mãe e rever alguns parentes.
“É um reencontro com a história. Rio Grande foi palco de muitas lutas operárias. Eles merecem ser lembrados. Esse fato repercutiu em todo o Brasil, mas eles nunca foram lembrados como deveriam”, afirmou Julio Martins.
Além da tecelã Angelina Gonçalves o memorial homenageia o pedreiro Euclides Pinto, o portuário Honório Alves do Couto e o ferroviário Oswaldino Correa.
A cerimônia contou com a presença de um grande numero de pessoas, dentre elas, lideranças partidárias, sindicais, comunitárias e populares. Logo após o ato os presentes dirigiram-se ao Cemitério Católico para uma visita ao túmulo onde se encontra os restos mortais de Angelina e Euclides, reformado para a ocasião.
Muito emocionada, Shirley, colocou flores no túmulo de sua mãe e agradeceu ao vereador Julio Martins, ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), aos lideres sindicais, aos trabalhadores e ao povo riograndino pela homenagem e por manterem viva a memória de Angelina Gonçalves e dos trabalhadores mortos e feridos naquela passeata de 1º de maio de 1950, dentre eles, o vereador comunista Antônio Rechia que levou um tiro e ficou paraplégico.
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