“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

sábado, 23 de julho de 2011

Amy Winehouse: Drogas vencem talento

Na tarde deste sábado, morreu em Londres a talentosa cantora e compositora Amy Winehouse, influenciada desde criança por seus tios que eram músicos profissionais de Jazz, Amy formou sua primeira banda aos 10 anos de idade, aos 16 obteve seu primeiro contrato profissional com uma gravadora e aos 20 gravou seu primeiro disco.

"Não aprendi muito na escola
Mas sei as respostas não estão no fundo de um copo"

Misturando jazz, soul, blues e pop, lançou seu primeiro disco “Frank”, no Reino Unido em 2003. Em 2006 lançou o seu segundo e último disco “Back to Black” (de volta ao luto), aclamado pela crítica o álbum teve seis indicações ao Grammy Awards, o Oscar da música, e venceu cinco (melhor canção, melhor gravação, artista revelação, melhor álbum vocal e melhor performance vocal feminina), mas nunca foi receber os prêmios, pois as autoridades norte-americana avisaram que Amy era persona non grata, portanto não seria bem vindo aos EUA, por seus vários escândalos e por seu envolvimento com álcool e drogas, o interessante nesse episódio é que, logo o País que se diz mais democrático do planeta e que tanto “defende” os direitos individuais barraram uma pessoa doente, problemática e viciada, como que se nos EUA não tivessem inúmeros artistas e até mesmo cidadãos com esses mesmos problemas.

"Eu me enganei
Como eu sabia que enganaria
Eu te disse que eu era encrenca
Você sabe que eu não presto"

A morte de Amy me faz pensar o porquê de tantos talentosos artistas envolverem-se com álcool e drogas, o que buscam? Curtição, inspiração? Ou será que já se tornou quase que “cultural”, pois, é muito comum no meio artístico o uso de drogas?
Por que juntamente com a fama, muitas vezes vem a depressão?

"Eu não quero beber nunca mais
Eu só oh, só preciso de um amigo
Não vou desperdiçar dez semanas
Pra todo mundo pensar que estou me recuperando"

Amy, também, é um grande exemplo de que muitas vezes o álcool se torna a porta de entrada para outras drogas mais pesadas, pois, se o individuo que tem problemas de comportamento, relacionamento, depressão, entre outros, busca no álcool um caminho de “fuga”, certamente ele irá procurar as drogas mais pesadas para se sentir ainda mais afastado da realidade..

Quando eu estava escrevendo essa postagem, lembrei de uma estrevista do escritor Paulo coelho dada ao fantástico a poucos meses atrás, onde ele dizia:

“O grande perigo da droga é que ela mata a coisa mais importante que você vai precisar na vida: o teu poder de decidir. A única coisa que você tem na sua vida é o seu poder de decisão. Você quer isso ou você quer aquilo? Você vai gostar da droga, mas cuidado, porque você não vai poder decidir mais nada.” - escritor Paulo Coelho.

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