“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para matar a saudade: Bread

O Bread foi uma das mais importantes e populares bandas de rock do cenário internacional dos anos 70, que se notabilizou por belas composições melódicas e com refinadas harmonias vocais, apresentando uma alternativa aos sons cortantes e pesados daquela época, com músicas de requinte e ao mesmo tempo sutis.

Os fundadores do Bread foram David Gates, James Griffin e Robb Royer, todos os três já tinham um impressionante currículo, Gates tinha o mais variado acervo de musicas gravadas como compositor e arranjador, Griffin havia gravado inúmeros trabalhos solos, mas até então seus maiores sucessos foram como compositor, fazendo canções para grandes músicos da época, Royer, que antes da formação da banda compunha em parceria com Griffin, era membro de uma banda de Folk-rock chamada Pleasure Faire que em1967 lançou um álbum, o produtor era nada mais nada menos que Gates, que também participou cantando em algumas faixas. Quando o Pleasure Faire se separou, 1968, Royer, Griffim e Gates mantiveram contato e passaram um tempo na fazenda de Gates trocando musicas e trabalhando em harmonias.

No ínicio de 1969 o Bread fechou contrato com a gravadora Elektra e produziram seu primeiro álbum intitulado Bread, que foi lançado em setembro de 69 misturando a alegria do pop-rock e a amargura das baladas, mas não obteve êxito e vendeu menos de 50.000 cópias.

O Bread se tornou um quarteto quando Mike Botts assumiu a bateria, substituindo o musico temporário Jim Gordom. Com o segundo álbum, On The Waters (1970) alcançou o sucesso tão esperado por eles, apesar de isso ter acontecido de uma maneira inesperada. “Nós pensávamos que estávamos caminhando para um som mais pesado, mais punk, mais rock com esse novo álbum, ironicamente a música que estourou foi Make It With You.” Disse Royer.

Bread - Make It With You (ao vivo 1977)

Composta por Gates, a composição “Make It With You” não foi apenas o primeiro sucesso da banda, mas também seu primeiro e único sucesso a chegar ao numero 1 das paradas da Billboard e permaneceu durante 17 semanas entre a mais tocadas e vendeu mais de um milhão de cópias. Assim que conquistou sua popularidade, o Bread foi chamado de banda soft-rock (rock suave), o que se tornou uma espécie de aborrecimento para Griffin e Royer.

Durante a produção e lançamento do terceiro álbum, Manna, de 1971 surgiram os primeiros conflitos, Griffin e Royer queriam explorar o lado mais agressivo do grupo, enquanto Gates escreveu apenas canções de amor. A romântica “If “ alcançou o 4º lugar e tornou-se uma das mais definitivas baladas de Gates. Manna foi o último álbum que incluía Royer como membro da banda, ele deixou o grupo, mas continuou a compor com Griffin. O baixista e tecladista Larry Knechtel o substituiu.

Baby I’m A Want, lançado em 1972, foi o primeiro álbum com características de Knechtel, a faixa que deu nome ao álbum “Baby I’m Want” e “Evertjing I owm” duas baladas sustentadas pela voz serena e forte de Gates alcançaram o 3° lugar e 5° lugares nas paradas, respectivamente.

O final do ano de 1972 viu o lançamento do álbum Guitar Man, com lindas e marcantes canções como “Sweet Surrender”, “Aubrey” e “Guitar Man”. O grupo se desfez em 1973 por várias razões, marcando o final de uma era do Bread.

Em janeiro de 1977, Gates, Grffin, Botts e Knechtel juntaram-se novamente e gravaram o álbum “Lost Without Your Love” que ganhou disco de ouro. “Nós tentamos não pisar nos calos uns dos outros, mas depois de estarmos na metade do caminho, tivemos a sensação de que estávamos apenas cambaleando e nos rastejando até o final da linha. Foi uma tentativa que valeu a pena e correu tudo bem, mas apenas uma é o suficiente”. Disse Gates. Depois da turnê o Bread se desfez pela segunda vez.

Ouço Bread desde de adolescente, tenho o cd “The Best of Bread” e algumas outras musicas no computador, as musicas são lindas, adoro ouvir, mas ao mesmo tempo que dá paz e tranqüilidade, dá uma tristeza... Não sei o porquê...

Bread - Guitar Man (ao vivo 1972)

2 comentários:

  1. Realmente as musicas são lindas, a voz de David Gates é un veludo para os ouvidos mas tem esse lado melancólico talvez por sabermos que a banda um dia acabou antes do que gostariamos que acabasse.
    Parabéns por lembrar Bread e o incrível David Gates.

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  2. Uma banda maravilhosa,músicas incriveis.Realmente parabéns pela lembrança.

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