"A Bacia de Pelotas e os Desafios do Petróleo" é debatido em audiência pública em Rio Grande

Participei ontem, 10, na Câmara de Vereadores da Audiência Pública da Assembléia Legislativa sobre "A Bacia de Pelotas e os Desafios do Petróleo”.

Eng. Vicente Rauber demonstrando o petróleo do tipo Urucun o mais leve do Brasil e de maior valor

A audiência começou dom o diretor financeiro e administrativo da Refinaria Alberto Pascoaline - REFAP, engº Vicente Rauber apresentou o painel "A SITUAÇÃO DO PETRÓLEO NO MUNDO, NO BRASIL E NO RIO GRANDE DO SUL”, mostrou que o Brasil atualmente ocupa 15º lugar no ranking dos países produtores de petróleo com produção de 2 mil barris por dia e reservas de 14 milhões de barris, mas com a descoberta do pré-sal o Brasil até 2020 poderá dobrar a produção para cerca de 4 mil barris por dia, se tornando um dos 4 maiores produtores de petróleo do mundo.

Rauber ressaltou a importância da qualificação de mão de obra local, não há no estado certificação para soldador (FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia de Sondagem) e também, o desenvolvimento dos fornecedores locais, as empresas gaúchas estão entre as que menos participam da cadeia de fornecimento da Petrobrás com apenas 2,5%. “É muito pouco!”, disse.

“Somos auto-suficientes em produção de petróleo, mas não somos em refino.”

O encontro contou com a participação do engº Roberto Dieckman responsável pela implantação do Estaleiro Rio Grande – ERG (Também conhecido como pai da Carolina Dieckman...hehehehe)

Logo após o geólogo e gerente geral em exploração das bacias da costa sul da Petrobrás, Jeferson Luis Dias apresentou a palestra “BACIA DE PELOTAS – HISTÓRICO E PRESPECTIVAS DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO”, explicou que a cadeia do petróleo passa por três estágios: a exploração que envolve o trabalho de pesquisa para a descoberta do petróleo, a delimitação que é os estudos sobre o tamanho da jazida e a produção que é a retirada do petróleo.

A Petrobrás estuda a Bacia de Pelotas desde 2004 quando adquiriu, através de leilão, 6 blocos, foram realizados levantamentos sísmicos e os resultados foram excelentes levando a decisão no ano passado de perfurar o poço, o primeiro será no ano que vem a 200 km da costa em uma área denominada Cone do Rio Grande, aproximadamente entre São José do Norte e Tavares, terá uma profundidade de 7 mil metros e um custo diário de 70 mil dólares.

“A Petrobrás é a melhor empresa do mundo em exploração de petróleo em águas profundas.”

A “CONSTRUÇÃO E REFORMA DE PLATAFORMAS E CASCOS EM RIO GRANDE” foi a palestra apresentada pelo gerente de construção e montagens de plataformas, Srº José Luis Rodrihues da Cunha apresentou o projeto da construção do Estaleiro Rio Grande que terá condições de construir até dois cascos ao mesmo tempo e que o estaleiro esta preparado para construção de cascos do tipo FPSO, VEP’s e navios sondas que exigem equipamentos tecnológicos muito complicados e que ainda não são fabricados no Brasil.

Cunha argüiu a necessidade de formação de mão de obra local, falta soldadores, montadores, esmirilhadores, pintores, tubuleiro e engenheiros navais, além de, fornecedores locais de estruturas, vasos, tubulações e equipamentos.

Os futuros projetos que serão realizados na cidade de Rio Grande:

• 8 cascos para plataformas
• Plataforma P-55 (ERG)
• Plataforma P-58 (Queiró Galvão)
• Plataforma P-63 (QUIP)

Petróleo tipo Marlin o mais denso do Brasil

“O nome Bacia de Pelotas é uma homenagem ao já falecido geólogo pelotense Rodi Ávila Medeiros que desde da época de 70 pesquisou e “teimou” que haveria petróleo na Bacia.”