“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Qualidade legislativa é não elaborar leis que gerem conflito

Participei, na semana passada, do Curso “Estrutura do Poder Legislativo e a Excelência do Atendimento no Setor Público, realizado na Câmara de Vereadores pela Escola do Legislativo em parceria com o instituto IGAM (Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos).

Anteriormente já havia feito outros cursos "Processo Legislativo e Técnica Legislativa", sobre o processo de elaboração, tramitação, votação e sanção ou veto, além da estruturação e redação de uma lei.

Esse curso, foi muito interessante e por isso resolvi escrever essa postagem, falava sobre a lei em si, para que serve, quais as causas que justificam sua criação e quais serão as suas conseqüências que muitas vezes não são levadas em conta, muitas vezes o legislador cria leis por causa da pressão da mídia, da opinião pública, de seus eleitores e não analisa as conseqüências na prática, muitas vezes o legislador cria uma lei desnecessária e até mesmo igual ou semelhante a outra que já existe.

Toda lei irá interferir na vida das pessoas e não se pode ser irresponsável, uma lei só faz sentido se for melhorar a vida das pessoas e não piorar. A lei tem que ter AUTENTICIDADE SOCIAL.

No Brasil temos a idéia de que o bom legislador é aquele que apresenta e aprova o maior número de projetos de lei, muitas vezes são cobrados e criticados pelos seus pares, pelos meios de comunicação e até por cidadãos, esse fato gera um número enorme de leis, cria um “congestionamento legislativo”. O maior desafio hoje é buscar a qualidade da lei, mesmo que não seja em grande número, buscar o cumprimento efetivo da legislação já existente e atualizá-la para que cumpra as necessidades atuais.

“QUALIDADE LEGISLATIVA É NÃO ELABORAR LEIS QUE GEREM CONFLITOS”

Outro ponto interessante tratou da isonomia e independência dos poderes, o legislativo não pode criar leis que gerem gastos ou que interfiram na governabilidade, mas o executivo também não pode tomar a iniciativa por ele mesmo, tem que enviar projeto de lei para ser apreciado e aprovado pela Câmara. Isso valoriza o EQUILÍBRIO DEMOCRÁTICO DOS PODERES.



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