“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

sábado, 10 de dezembro de 2011

Executivo Municipal poderá retomar o projeto de regionalização do aterro municipal

Em audiência pública realizada na tarde desta sexta-feira, o secretario geral de governo do município sinalizou a intensão do Executivo em retomar o projeto que transforma o aterro sanitário municipal em um aterro regional, podendo assim receber o lixo de cidades vizinhas. Esse projeto já havia sido encaminhado ao legislativo em 2009 e teve uma grande rejeição por parte da comunidade riograndina que se mobilizou de várias formas, inclusive, através de um abaixo assinado que obteve em apenas uma semana cerca de 10.000 assinaturas contrárias ao projeto.

O Aterro Sanitário ou Central de Tratamento de Resíduos Sólidos de Rio Grande foi inaugurado em 2009 e fica localizado as margens da BR 392, próximo a Vila da Quinta. Segundo dados estatísticos apenas 10% dos municípios brasileiros possuem esse sistema.

Rio Grande produz aproximadamente 100 toneladas de lixo por dia dando ao aterro uma vida útil de 25 anos, com a regionalização o aterro passaria a receber cerca de 300 toneladas de lixo por dia, diminuindo assim sua vida útil para cerca de 8 anos.

O vereador Júlio Martins do PCdoB postou-se contrário a regionalização do aterro municipal: “Não há como ampliar o aterro e não temos outras áreas, estamos com um problema razoavelmente controlado. Construímos um lixão e pegamos todo o lixo da cidade e jogamos lá, não há uma preparação ou triagem. Hoje nas condições em que está é temerário se pensar em regionalização”.

Outras importantes questões foram levantadas na audiência, tais como, a necessidade da prestação do serviço de coleta de lixo em bairros não regulamentados, a necessidade da colocação de containeres de lixo nos bairros que ainda não foram contempladas, a necessidade da coleta seletiva do lixo e a necessidade de maiores investimentos em campanhas educativas.

Um fato que chamou a atenção foi o baixo número de participantes, talvez tenha faltado divulgação.

As fotos abaixo foram tiradas por mim durante uma visita no ano passado ao antigo lixão da rua Roberto Socoowiski que hoje é utilizado para o transbordo e ao aterro sanitário, fui acompanhando o vereador Júlio Martins, o secretário do serviços urbanos e uma comitiva de vereadores, nota-se claramente que grande parte do lixo que hoje é enterrado poderia ter passado por uma triagem, conforme vemos nas fotos há uma grande quantidade de materiais que poderiam ser reciclados, tais como, plásticos, metais e borracha.


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