Alberto Granado, amigo e companheiro de Ernesto Che Guevara em sua viagem de motocicleta pela América do Sul, morreu neste sábado (05) em Havana, aos 88 anos, confirmaram fontes familiares. Granado, nascido em 8 de agosto de 1922 em Córdoba, na Argentina, e estabelecido em Cuba desde 1961, morreu de causas naturais, explicou seu filho, também chamado Alberto.
A televisão estatal cubana definiu Granado como um "fiel amigo de Cuba". Segundo sua vontade, ele será cremado ainda neste sábado em Havana, e suas cinzas serão espalhadas por Cuba, Argentina e Venezuela.
A viajem:
Em 29 de dezembro de 1951 Ernesto Guevara e Alberto Granado iniciaram desde Córdoba uma viagem por América do Sul em uma motocicleta que chamavam “La Poderosa II”.
Passaram por Buenos Aires, a beira atlântica, Bahía Blanca, Choele Choel, Piedra del Águila, San Martín de los Andes e Bariloche. Atravessaram a cordilheira até o sul de Chile e desde ali forma para Santiago onde deveram abandonar a motocicleta. Em barco, a pé e pegando carona conhecem diferentes cidades de Chile, Bolívia e Peru. Em Lima estabelecem relação com o médico Hugo Pesce, distinguido especialista em lepra e dirigente do Partido Comunista Peruano.
Pelo intermédio dele viajaram para o leprosário de São Paulo, à beira do Amazonas, e após, na balsa “Mambo-Tango” navegaram rio abaixo até Leticia, cidade limítrofe colombiana, onde trabalharam como treinadores de futebol. Dalí para Bogotá e após para Caracas, Venezuela, onde Granado consiguiu um emprego em um leprosário. Ernesto decidiu então voltar para Buenos Aires via Miami com o objetivo de finalizar seus estudos de medicina.
Essa jornada foi fundamental para que Ernesto conhecesse os problemas sociais da America Latina e o ponto de partida da inquietação que o levou a se envolver na guerrilha de Fidel Castro. Com o grande êxito obtido na Revolução Cubana, mais tarde, organizou novos movimentos revolucionários. Sua morte, no dia 9 de outubro de 1967, interrompeu o sonho de estender a Revolução Cubana à América Latina, mas não impediu que seus ideais continuassem a ser uma bandeira de luta dos movimentos de esquerda e hoje Che é um dos maiores ícones da juventude.
com a qual percorreram parte do Amazonas colombiano.
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