“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fotografia de jovem afegã mutilada pelo marido ganhou o prêmio internacional World Press Photo


Fotografia Vencedora

A jornalista sul-africana Jodi Bibier ganhou o prêmio internacional World Press Photo 2011 pela imagem que registrou da afegã Aisha, uma jovem de 18 anos mutilada por não obedecer o marido, que se tornou um símbolo da violência contra a mulher no Afeganistão. A fotografia de Aisha, que teve o nariz e as orelhas amputadas, estampou a capa da revista americana "Time" em agosto, sendo uma das capas mais ousadas de sua história.

Aisha foi dada pelo pai a um guerrilheiro Talibã quando tinha apenas 12 anos de idade, uma criança. Foi vendida em troca de uma dívida. A família do marido dela a forçou a dormir no estábulo com os animais. E, anos depois, quando a menina tentou fugir de um cotidiano de humilhações, seu marido a perseguiu e, como castigo, a mutilou. Ela desmaiou e, no meio da noite, despertou em meio a um líquido viscoso. “Quando abri meus olhos, não podia enxergar nada, por causa do sangue”, declarou à repórter da CNN Atia Abawi.

Aisha foi abandonada na montanha. Achavam que ela morreria. Mas ela conseguiu, apesar de terrivelmente ferida, chegar à casa de seu avô. E foi tratada durante dez semanas num posto médico administrado por americanos. Transportada para um refúgio secreto em Cabul, capital do Afeganistão, foi levada enfim para os Estados Unidos, abrigada por uma família americana.

Segundo o Dr. Peter Grossman, seu nariz e suas orelhas serão reconstituídas com osso, pele e cartilagem extraídos de outras partes de seu próprio corpo. Espera-se que sua reabilitação dure cerca de oito meses.Os afegãos afirmam que tudo isso não passa de propaganda americana, porque, pela lei sagrada islâmica, cortar nariz e orelhas de pessoas seria ilegal.

Fontes: Revista Época e Portal Yahoo


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