“Nenhum homem é uma ilha, sozinho em si mesmo; cada homem é parte do continente, parte do todo; se um seixo for levado pelo mar, a Europa fica menor, como se fosse um promontório, assim como se fosse uma parte de seus amigos ou mesmo sua; a morte de qualquer homem me diminui, porque eu sou parte da humanidade; e por isso, nunca procure saber por quem os sinos dobram, eles dobram por ti”. – John Donne

sábado, 26 de fevereiro de 2011

“A lavoura de arroz e o Código Florestal” foi o tema da palestra do Dep. Fed. Aldo Rebelo na 21ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz em Camaquã.

Eu e o dep. fed. comunista Aldo Rebelo

Acompanhei juntamente com o vereador Julio Martins, representando o diretório estadual do Partido, nesta sexta-feira, 25, o deputado federal comunista Aldo Rebelo, relator do projeto de lei 1876/99, que dirigiu a palestra “A lavoura de arroz e o Código Florestal” na 21ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz em Camaquã.

Rebelo debateu com os produtores de arroz do Rio Grande do Sul e Santa Catarina as alterações que deverão ser feitas ao Código Florestal Brasileiro, que têm implicações na lavoura de arroz. O deputado ouviu por diversas vezes o setor arrozeiro gaúcho e acatou quase uma dezena de sugestões de técnicos ligados à orizicultura. O RS pode perder metade da lavoura de arroz se a legislação continuar como esta.

“Meia dúzia de ONGs financiadas pelos EUA e pela União Européia trabalham para atrapalhar a nossa agricultura. O Brasil será grande e respeitado se souber e puder usar suas potencialidades agropecuárias. Estamos hoje debatendo por causa daqueles que já se tornaram grandes, já chegaram ao topo da escada e agora não aceitam que outros cheguem onde eles já estão e querem derrubar essa escada.” Disse Rebelo.

“Se minha proposta prejudicasse o nosso Brasil, não estaria aqui hoje a defendendo. O Brasil tem a legislação ambiental mais rigorosa do mundo, é altamente prejudicial à agropecuária brasileira, se todos os itens previstos forem aplicados 100% das propriedades rurais, 75% das lavouras de arroz do RS e SC estarão na ilegalidade. No estado de SP, 100% das plantações de banana estarão ilegais segundo documento dos bananicultores do Vale do Ribeira. Plantar hoje no Brasil virou crime”, argüiu o deputado.

Outro aspecto da legislação atual, na análise do deputado durante a palestra, diz respeito à separação da Reserva Legal das áreas de APP. “Quando você separa acaba punindo aquele que tem mais água e, conseqüentemente, punindo aquele que mais protege. Quando você tem mais água, você é obrigado a ter mais APP, a proteger mais a água e o solo e isso que acaba virando uma maldição”, observou. Segundo ele, muitos países europeus desconhecem, por exemplo, a expressão Reserva Legal. Em outros, área de APP é uma legislação municipalizada.

Ao final da cerimônia o deputado Aldo Rebelo foi agraciado, pela organização da feira, com o Troféu e Título de Homem do Arroz.

Projeto de lei 1876/99 – Código Florestal

No dia 29 de setembro de 2009 foi instalada na Câmara dos Deputados uma Comissão Especial para analisar o projeto de lei 1876/99 e mais onze projetos que tramitam apensados a ele. O tema dos projetos é o Código Florestal brasileiro.

A Comissão Especial do Código florestal elegeu a sua mesa diretora e o relator da matéria no dia 14 de outubro de 2009 e ficou com a seguinte composição:

Presidência: deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR)
Vice-presidências: deputados Ancelmo de Jesus (PT-RO), Homero Pereira (PR-MT) e Nilson Pinto (PSDB-PA)
Relatoria: deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP)

Durante um ano inteiro, o relator da Comissão realizou reuniões na Câmara dos Deputados e audiências públicas nos Estados brasileiros. Foram ouvidas as ONGs estrangeiras credenciadas no Brasil; as ONGs nacionais; as ONGs locais; os pesquisadores das universidades e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); as autoridades dos órgãos ambientais da União, de estados e municípios; governadores, prefeitos, vereadores; agricultores pequenos, médios e grandes, organizações representativas da agricultura, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e Organização das Cooperativas Brasileiras.

As reuniões e audiências públicas realizadas constituíram um inventário da situação do País no que se refere à aplicação do atual Código Florestal. Com base nesse inventário, a Comissão Especial elaborou um parecer sobre o projeto de lei 1876/99.

Este parecer, que é o relatório produzido pelo deputado Aldo Rebelo, foi aprovado por 13 votos favoráveis e cinco votos contrários no dia 6 de julho de 2010 e se encontra pronto para ser votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

* Alguns exemplares do relatório final do Código Florestal estão disponibilizados no gabinete do vereador Julio Martins e também pode ser acessado no link abaixo:

http://www.aldorebelo.com.br/?pagina=titulo_tema&cod_t_t=31&tacao=C%F3digo%20Florestal


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Anaíde Beiriz, "a pantera dos olhos dormentes".

Anaíde Beiriz (João Pessoa, 18 de fevereiro de 1905 — Recife, 22 de outubro de 1930) foi uma professora e poetisa brasileira. Formou-se na Escola Normal em maio de 1922, aos dezessete anos de idade. Passou, assim, a lecionar, alfabetizando os pescadores da então vila de Cabedelo.

Jovem e bela, Anayde foi a vencedora de um concurso de beleza promovido pelo Correio da Manhã em 1925. Chamavam a atenção os seus olhos de cor negra, que lhe valeram o apelido, em seu círculo de amizades, de "a pantera dos olhos dormentes".

Para a mentalidade conservadora da sociedade brasileira à época, particularmente na Paraíba, Anayde não era uma mulher bem vista por causa das idéias progressistas que alimentava: como poetisa, participava ativamente do movimento intelectual, envolvida em acontecimentos artísticos e freqüentando saraus literários; como cidadã, defendia a participação das mulheres na política, em uma época em que sequer podiam votar; ousava em sua aparência, vestindo roupas decotadas e apresentando um corte de cabelo "à la garçonne". Além disso, não se prendia a convenções no que dizia respeito a relacionamentos amorosos.

Em 1928, Anayde iniciou um relacionamento amoroso com João Dantas, político local ligado ao Partido Republicano Paulista, que fazia oposição ao então presidente do Estado (governador) da Paraíba, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Depois do violento confronto político que foi chamado República de Princesa, João Dantas acabou se refugiando no Recife, mantendo o relacionamento com Anayde a distância, através de cartas.

João Pessoa, acuado pelos adversários, reagiu e mandou a polícia revistar as casas dos revoltosos e suspeitos, em busca de armas que pudessem ser utilizadas em uma revolta armada. Um desses locais foi o escritório de João Dantas na cidade da Paraíba, invadido em 10 de julho de 1930. Embora não tenham sido encontradas armas, os policiais depredaram as instalações e arrombam o cofre, onde foi encontrada a correspondência de Dantas, inclusive cartas e poemas de amor recebidos de Anayde.

Nos dias seguintes, o jornal governista "A União", e outros órgãos de imprensa estadual ligados à situação, publicaram o conteúdo das mesmas, visando atingir a honra de Dantas. Em 26 desse mesmo mês, João Dantas, acompanhado de um cunhado, Augusto Caldas, entra na Confeitaria Glória, no Recife, e dispara contra o peito de João Pessoa, matando-o. Lavava, com esse gesto, a sua honra ofendida, com sangue.

Criticada publicamente por razões morais e políticas, Anayde sentiu-se acuada após o assassinato de João Pessoa, que causou comoção popular. Desse modo, abandonou a sua residência na Paraíba e foi morar em um abrigo no Recife, onde passou a visitar João Dantas, detido em flagrante e recolhido à Casa de Detenção naquela cidade.

Dantas foi encontrado morto em sua cela, degolado, em 3 de outubro do mesmo ano, no início da Revolução de 1930. Embora tenha sido declarado o suicídio como causa mortis à época, as circunstâncias ainda permanecem obscuras.

Anayde veio a falecer, dias depois, aos 25 anos de idade, supostamente por envenenamento provocado por ela, quando sob os cuidados de freiras. O seu corpo foi sepultado como indigente no Cemitério de Santo Amaro.


Fonte: Wikipédia

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fotografia de jovem afegã mutilada pelo marido ganhou o prêmio internacional World Press Photo


Fotografia Vencedora

A jornalista sul-africana Jodi Bibier ganhou o prêmio internacional World Press Photo 2011 pela imagem que registrou da afegã Aisha, uma jovem de 18 anos mutilada por não obedecer o marido, que se tornou um símbolo da violência contra a mulher no Afeganistão. A fotografia de Aisha, que teve o nariz e as orelhas amputadas, estampou a capa da revista americana "Time" em agosto, sendo uma das capas mais ousadas de sua história.

Aisha foi dada pelo pai a um guerrilheiro Talibã quando tinha apenas 12 anos de idade, uma criança. Foi vendida em troca de uma dívida. A família do marido dela a forçou a dormir no estábulo com os animais. E, anos depois, quando a menina tentou fugir de um cotidiano de humilhações, seu marido a perseguiu e, como castigo, a mutilou. Ela desmaiou e, no meio da noite, despertou em meio a um líquido viscoso. “Quando abri meus olhos, não podia enxergar nada, por causa do sangue”, declarou à repórter da CNN Atia Abawi.

Aisha foi abandonada na montanha. Achavam que ela morreria. Mas ela conseguiu, apesar de terrivelmente ferida, chegar à casa de seu avô. E foi tratada durante dez semanas num posto médico administrado por americanos. Transportada para um refúgio secreto em Cabul, capital do Afeganistão, foi levada enfim para os Estados Unidos, abrigada por uma família americana.

Segundo o Dr. Peter Grossman, seu nariz e suas orelhas serão reconstituídas com osso, pele e cartilagem extraídos de outras partes de seu próprio corpo. Espera-se que sua reabilitação dure cerca de oito meses.Os afegãos afirmam que tudo isso não passa de propaganda americana, porque, pela lei sagrada islâmica, cortar nariz e orelhas de pessoas seria ilegal.

Fontes: Revista Época e Portal Yahoo